A aposta nesse nicho deverá fomentar ainda mais um setor que já movimenta, segundo pesquisa Fipe de 2013, feita em parceria com a Câmera Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), R$ 500 milhões por ano no país, com a venda de mais de 70 milhões de exemplares –números que, sem dúvida, devem ser muito maiores, pois os próprios organizadores do levantamento admitem que muitas editoras do setor permanecem desconhecidas ou preferem não revelar suas vendagens.
Além disso, do filão religioso surgem best-sellers que extrapolam esse tipo de público, sendo vistos como de autoajuda, com autores como os padres Marcelo Rossi (que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares de seu "Ágape") e Fábio de Melo ou a sacerdote budista monja Coen. Também entram no balaio nomes e títulos que historicamente são campeões de vendas, como o espírita Chico Xavier e a Bíblia.
À margem do mercado convencional
Segundo André Fonseca, editor da Planeta responsável pela Pórtico e a parceria com a Canção Nova, os livros religiosos estão inseridos em um mercado ainda invisível aos olhos do meio editorial convencional. "Há um viés comercial que desconhecemos, com lojas específicas que faturam milhões, com autores que vendem muito, mas o [portal sobre o mercado literário] PublishNews não vê, a CBL [Câmara Brasileira do Livro] também não consegue acompanhar."
São editoras e livrarias pequenas, médias e grandes, que têm ligação com ordens religiosas e focam um público totalmente específico, seja ele cristão, evangélico ou fiel a qualquer outra crença. Exemplificando, Fonseca cita a editora CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus), do Rio de Janeiro. Trabalhando com títulos que vão desde obras gerais até apostilas para a formação de líderes e pastores, segundo o editor, a CPAD tem faturamento semelhante a lojas de grandes redes, como a Cultura e a Saraiva.
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